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  Alimentação do idoso: veja quais as necessidades nutricionais na terceira idade

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A alimentação do idoso demanda um cuidado muito especial. Afinal, nessa faixa etária, nosso corpo começa a apresentar problemas mais frequentes, e a comida pode acabar sendo um reforço importante para evitar doenças e acidentes. Ela é, portanto, essencial para a manutenção do bem-estar e da felicidade do indivíduo.

Por isso, a alimentação deve ser também personalizada de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Desse modo, evita-se a interação com medicamentos ou o agravamento de outras condições. A seguir, vamos explicar tudo o que você precisa saber. Acompanhe!

Quais são as necessidades nutricionais especiais dos idosos?

O processo de envelhecimento do corpo traz consigo vários cuidados especiais para a manutenção da saúde do idoso. Para que ele mantenha um alto nível de funcionalidade e independência, é imprescindível um reforço dos nutrientes. Vamos falar a seguir dos principais eventos do envelhecimento e os seus impactos para a alimentação.

Desmineralização dos ossos

Uma das principais preocupações médicas com a terceira idade são as quedas, pois os ossos nessa faixa etária já não são mais tão fortes quanto antes. Isso se deve a um processo gradual de perda de cálcio na estrutura óssea, o que a deixa mais porosa. Esse é o famoso processo de osteoporose.

Isso ocorre devido à menor produção de hormônios femininos e masculinos. Assim, não há um estímulo para a produção de mais matriz óssea. O processo é mais intenso nas mulheres e, algumas vezes, traz a necessidade de suplementação com vitamina D e cálcio. No entanto, como veremos a seguir, há muitos alimentos que também ajudam a evitar esse problema.

Redução da massa muscular

Com o envelhecimento, muitas pessoas adotam um estilo de vida mais sedentário, no qual elas ficam sentadas ou deitadas por bastante tempo. Como muitas doenças deixam os idosos acamados, há casos em que eles estão completamente impossibilitados de se movimentar voluntariamente. A falta de estímulo acaba reduzindo a atividade das células.

Felizmente, grande parte da redução pode ser revertida com a volta às atividades. Só não é totalmente revertida, pois os idosos também produzem menos hormônios, como a testosterona, que também contribuem para a manutenção do aparelho muscular. A alimentação também pode ajudar a melhorar a qualidade de vida. As proteínas, por exemplo, são essenciais para a construção da massa magra.

Redução da imunidade

Outro sistema que também fica um pouco comprometido com a idade é o imunológico. O envelhecimento das células faz com que elas percam a capacidade de combater os micro-organismos adequadamente. Em algumas situações, pode acontecer de elas atacarem o próprio corpo, como é o caso das doenças autoimunes, cuja prevalência aumenta após os 50 anos de idade, principalmente nas mulheres.

Ainda não se sabe muito bem como a alimentação influencia o sistema imune, mas a falta de algumas vitaminas, como a C, comprometem o funcionamento dele. Por essa razão, é preciso investir em pratos equilibrados e diversos, com muitas folhas, legumes e frutas.

Declínio cognitivo

A cada ano, o nosso cérebro perde um pouquinho de funcionalidade. Na terceira idade, isso pode provocar um declínio cognitivo importante. Por exemplo, a memória já não fica tão boa e os idosos se esquecem onde guardaram as chaves e outros objetos.

Isso ocorre naturalmente, mas alguns estudos já mostram que a alimentação pode proteger o indivíduo. Na população que comia alimentos ricos em gorduras boas, como o ômega 3, os resultados dos testes cognitivos eram melhores.

Quais são os nutrientes essenciais?

Proteínas

Esse nutriente também é conhecido como “tijolos das células”. Afinal, elas são responsáveis por formar as estruturas de quase todos os tecidos dos corpos. Sem proteínas, o organismo fica sem matéria-prima para se manter. Desse modo, elas devem estar presentes em todas as refeições dos idosos.

Com isso, vários problemas comuns da terceira idade podem ser amenizados, como:

  • perda da massa muscular;
  • perda da massa óssea orgânica, pois além de serem constituídos de cálcio, os ossos também têm bastante proteínas na sua estrutura;
  • redução da imunidade, pois os anticorpos são feitos de proteína;
  • dificuldades de cicatrização etc.

Todas as carnes, as leguminosas e as castanhas são ricas em proteína e seu consumo deve ser incentivado.

Ômega 3

O ômega três é um tipo de gordura boa presente nos peixes, nas castanhas, no azeite etc. Uma de suas ações no organismo é proteger os neurônios e, por isso, ele é imprescindível para evitar os efeitos do declínio cognitivo.

No entanto, os benefícios não param por aí. Elas também agem no sistema cardiovascular ajudando na eliminação das gorduras que fazem mal e que se acumulam nas artérias. Desse modo, é possível prevenir infartos do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais etc.

Cálcio

O cálcio é o principal componente mineral dos ossos, como explicamos. Para evitar a osteoporose, portanto, o seu consumo deve aumentar durante a terceira idade. Apesar de a suplementação ser frequente, alguns alimentos podem oferecer toda a quantidade necessária todos os dias. Esse é o caso do leite e das folhas verdes escuras.

Vitamina D

A vitamina D ajuda a estimular o crescimento dos ossos e também age no combate à osteoporose. Ela está presente nas folhas verdes, principalmente. Entretanto, para que ela seja ativada no organismo, também preciso tomar cerca de 30 minutos de sol todos os dias.

Vitamina C

A vitamina C age em várias células do organismo, mas é muito essencial nas de alta proliferação, como o sistema imune. Por isso, ela está bastante ligada à prevenção de doenças infecciosas, como a gripe, a pneumonia etc.

Ferro

O ferro é o principal constituinte da hemoglobina, a substância vermelha presente nas hemácias, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Sem esse nutriente, o idoso entra em um estado de anemia, que pode prejudicar toda a sua saúde.

Montar uma alimentação do idoso que atenda todas as suas necessidades nutricionais pode ser um desafio. Por essa razão, é importantíssimo procurar um médico especializado no assunto. Ele vai analisar todas as doenças crônicas e necessidades especiais do indivíduo e montar um cardápio diário personalizado. Como o idoso geralmente toma alguns remédios, isso é essencial para evitar interações.

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