Saiba como fazer a mudança postural dos pacientes da forma correta Saiba como fazer a mudança postural dos pacientes da forma correta

Saiba como fazer a mudança postural dos pacientes da forma correta

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Para pessoas sem alterações na movimentação, a mudança postural é uma atividade automática: estamos o tempo todo ajustando nossa postura e adequando nossos movimentos às atividades que realizamos, mesmo sem perceber. Mas, quando passamos por necessidades especiais, nem sempre é assim.

A dificuldade na movimentação traz desafios aos quais os cuidadores devem ficar atentos para evitar riscos e complicações. A mudança postural é um deles. Como o paciente não pode realizá-la automaticamente, deve-se ter cuidado e atenção nesse processo.

Falaremos, a seguir, sobre como praticar a mudança postural de uma maneira saudável, tanto para o paciente quanto para o cuidador. Ao final, você saberá mais sobre a importância desse processo e qual a melhor maneira de realizá-lo. Continue lendo para saber mais!

Por que realizar a mudança postural?

O cotidiano, por si só, já demanda esse processo. Dependendo da vontade do paciente, ele deve ser adequado à cama, ao sofá e a cadeiras especiais. Mas, mesmo quando ele está em apenas um local, a mudança postural também tem o seu papel.

Isso ocorre porque ficar muito tempo em uma posição predispõe lesões que chamamos de “úlceras de pressão”. Elas ocorrem devido ao acúmulo de líquido em uma região específica do corpo, o que é danoso para a pele. Caso o machucado persista, pode evoluir mais e mais, atingindo músculos, tecido subcutâneo e até ossos.

Como realizá-la de maneira saudável?

A primeira preocupação deve ser com a saúde do cuidador. O processo não pode ser danoso para você, mesmo pensando no bem-estar do próprio paciente. Afinal, caso você se lesione, o cuidado a ele também ficará prejudicado. Por isso, mantenha sempre uma postura ereta e se atente para dores nas costas, nos joelhos e nos braços.

O segundo passo para uma mudança postural adequada é sempre comunicar ao paciente o que você está fazendo. Seja sempre detalhista, explicando, por exemplo, que vai erguer suas pernas ou mudar o lado em que ele está deitado. Caso você utilize uma cama hospitalar para tratamento em casa, informe sempre quando for adequar a altura, inclinação ou descer o gradil.

Além de evitar que o paciente se assuste (e, consequentemente, assuste você), isso também facilita o seu trabalho: mesmo que o paciente se movimente pouco, ele ainda poderá auxiliá-lo minimamente com pequenos ajustes e correções posturais.

Assim que segurar o paciente, mantenha-o sempre perto de si. Isso reduz as chances de algum acidente e dá mais firmeza ao processo. Enquanto o mantiver erguido, seja sempre firme e preciso nos seus movimentos. Outra dica é sempre planejar o trajeto que for realizar antes de iniciá-lo: uma vez com o paciente nos braços, não será possível repensar o que fazer.

Por último, tenha sempre em mente que pacientes com necessidades especiais frequentemente são mais delicados. Portanto, evite apoiar ossos longos ou frágeis — como o meio do fêmur ou o pescoço — nos seus braços. Dê preferência ao meio das costas e à articulação do joelho, o que te dará maior precisão e minimizará os riscos.

A mudança postural é fundamental em pacientes com necessidades especiais. Embora você adquira mais segurança com tempo e experiência, seguir algumas dicas pode ser útil. Além de te trazer maior confiança para o processo, elas também evitam a chance de lesões e acidentes. Outras medidas — como apostar em um banheiro adaptado, por exemplo — podem trazer maior segurança para o dia a dia.

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